11.12.09

3ª SEMANA DO ADVENTO

| Terceira Semana | Ele vos batizará com o Espírito Santo

Introdução:

Ao orar os textos propostos para a Terceira Semana, devemos estar atentos às orientações dadas no início deste Retiro do Advento. Rezando os textos da liturgia estamos em comunhão com a Igreja que reza também na expectativa de acolher mais uma vez nosso Salvador, o E-manuel. Podemos a cada dia acolher e “saborear” no coração a riqueza e a beleza que trazem em si. Orando-os assim, eles enriquecerão e fecundarão mais nossa vida espiritual e apostóli-ca. Pois o mesmo Espírito que desceu sobre Jesus no batismo também está sobre nós, con-firmando ou não nossa vida e nossa missão. Preparemo-nos para acolher com “ânimo e libera-lidade” a proposta desta semana.

Dada a importância dos rituais para o encontro com Deus na oração, voltamos a insistir na sua prática. No início do tempo reservado para a oração, devemos ler o texto proposto para a ora-ção. Se ela for feita de manhã cedo, o texto deve ser lido na noite anterior antes de dormir. Assim, o conteúdo do texto surgirá no nosso pensamento ao acordar de manhã.
No início do tempo reservado para a oração, devemos praticar estas cinco recomendações de Santo Inácio: 1) fazer a oração preparatória, 2) imaginar o cenário, 3) pedir a graça que desejo receber, 4) conscientizar-me de que estou na presença de Deus, meu Criador e meu Pai que me olha com um olhar carregado de ternura, 5) fazer um gesto de adoração e de louvor, incli-nando meu corpo diante de Deus, ou fazendo uma genuflexão, ou prostrando-me no chão, ou outro gesto pelo qual expresso meu amor e meu louvor a Deus.

Proposta da oração: 3º Domingo do Advento

Preparação: Tomo consciência de que estou na presença de Deus e de que Ele deseja encon-trar-se comigo. Sinto-se acolhido e envolvido em seu amor e sua ternura. Preparo meu coração para este encontro. Para isso “é preciso vestir o coração”. O texto proposto para nossa oração de hoje traz um forte apelo de conversão, ilustrado pelo exemplo da pregação do Batista no Jordão e o desejo de mudança de seus ouvintes. É interessante atentar para o fato de que todos lhe perguntavam, “o que devemos fazer?”. Com autoridade de profeta, João dizia catego-ricamente o que cada um deveria fazer, partindo de sua realidade. Tal como os ouvintes no Jordão, cada um de nós temos uma vereda, na vida, a endireitar. O que devo fazer?

Graça: Senhor na expectativa de ser nova criatura “dá-me um coração grande para amar, dá-me um coração forte para lutar”.
Leio o texto de Lc 3, 10-18 uma, duas ou mais vezes e, depois fecho a Bíblia. Para mais sa-boreá-lo, detenho-me um pouco sobre cada um dos grupos que dialogam com João.

• As multidões, cognominadas por ele como raça de víboras, desejam mudanças. De fato é este desejo que as conduz ao deserto. A esta João incumbe de repartir o pouco que tem, roupa, alimento, com os que nada possuem;
• Aos publicanos, talvez habituados a exigir impostos, além do prescrito, o Batista determina que se limitem ao determinado pela lei e nada mais;
• Os soldados, também desejosos de conversão, João lhes manda que não abusem de suas forças para extorquir, lançando inclusive mão do falso testemunho. Que se contentem com seu salário.
Todas estas determinações apontadas por João são passos essenciais para preparar a vida, o caminho, o coração para acolher alguém mais forte do que ele, que inclusive proporá um ba-tismo mais forte também: “batizará com o Espírito Santo”. Depois de nos determos por um instante sobre cada grupo acima, olhar-nos a nós mesmos e deixar-nos interpelar também pela pergunta e, aqui, sair do nós e fazê-la em primeira pessoa: e eu “que devo fazer?”.

Colóquio: A partir dos sentimentos experimentados e das luzes que esta pergunta me acen-deu, converso com o Cristo que deseja ser acolhido em minha vida e que vem a mim, não com uma pá, senão com um coração misericordioso.

OBS.: Este texto está no site: www.itaici.org.br

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